Por mais ou menos 4 ou 3 meses esse blog foi construído com o intuito de ser um espaço de construção e socialização do conhecimento produzido na disciplina Educação e tecnologias contemporâneas, durante esse período pude aprender e conhecer sobre conceitos até então desconhecidos por mim, cito como exemplo a importância do uso do software livre. Os custos de aquisição dos programas livres são bem menores, sua concepção visa a liberdade de produção e o compartilhamento do conhecimento e o desenvolvimento e a independência tecnológica. Como educadora, espero compartilhar esses conhecimentos, não quero fazer parte daquele contexto de aprisionamento do conhecimento, pois acredito em uma educação que privilegia a construção do saber coletivo. Penso que as tecnologias contemporâneas nos mostrar um novo caminho para podermos nos relacionar com o saber. Como dito em uma postagem anterior ´Nós educadores precisamos viver esse cenário, compreender e escolhermos qual o tipo de educação que queremos proporcionar aos nossos educandos, se uma educação que aprisiona o conhecimento e não interaje com as coisas que estão a sua volta ou uma educação que possibilita a liberdade do conhecimento, ressignificando-o a cada momento.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Será que sou pirata?
Confesso que criticava as pessoas que deixavam de assistir a um bom filme no cinema para contribuir com a "pirataria" assistindo a um DVD pirata. Mas como estamos sempre refletindo sobre as nossas atitudes, lembro-me da música de Raul "metamorfose ambulante, percebi que também era uma pirata. Por quê? Respondo, baixo sempre livros da internet e músicas também. Através de sites que disponibilizam esses arquivos tenho acesso ao mundo da literatura que não posso comprar, infelizmente ou felizmente, e posso ouvir os mais variados tipos de músicas. Nesse jogo, podemos observar o interesse das pessoas em ter o livre acesso a músicas, filmes e jogos e do outro lado estão os autores interessados em proteger as suas obras audiovisuais. E na terceira margem, que não é a de Guimarães Rosa, os grupos que querem lucrar com a circulção dessas obras. A discussão é grande e complexa, mas entendemos que a circulação dessas obras na internet democratiza e possibilita o acesso desses arquivos ao público.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Colaboração X Competição
O ser humano precisa se humanizar. Com essa frase podemos descrever um pouco o que acontece na nossa sociedade. A competição tem deixado, na maioria das vezes, o ser humano desumano. Com isso perde-se a criatividade e a possibilidade de uma aprendizagem coletiva, compartilhada. Um dos cenários para podermos entender essa lógica competitiva é a mídia. É na experiencia e no exercício cotidiano de relação com os meios de comunicação que a juventude se desenvolve. Por outro lado, como diz João Brant, essa "escola da vida' traz toda perversidade desse mercado capitalista consumidor. Assim a escola e o professor tem um papel fundamental na formação de cidadãos que tenha plena autonomia em relação ao mercado. se por um lado temos essa lógica capitalista de competição, por outro é cada vez mais crescente aqueles que acreditam em uma lógica de um conhecimento colaborativo. O uso do software livre é um dos exemplos, o seu aperfeiçoamento depende da colaboração e participação dos seus usuários. Como educaderes precisamos ressignificar o papel da educação. Entender que esse processo de construção do conhecimento não pode ser caracterizado pelo aprisionamento das informações e nem na formação de um sujeito individualista, esse processo de construção do conhecimento precisa ser pautado na circulação do conhecimento e na formação de um sujeito colaborativo.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
A palavra agora é colaboração
Como já postado em textos anteriores nesse blog, comentamos aqui a importância do uso do software livre como uma forma de construção e socialização do conhecimento. João Brant, no texto O lugar da educação no confronto entre colaboração e competição, escreve sobre a importância e a necessidade de possibilitar uma educação pautada na direção da colaboração. A economia capitalista sempre suscitou em nós a questão da competição. Não enxergamos ou não enxergávamos o outro como um possível colaborador e sim como um competidor que estava apto a qualquer momento a nos tirar da "jogada". Nesse cenário de competição, o conhecimento não circula ele é aprisionado, como uma forma de centralização desse bem, o conhecimento é uma forma de poder e a poucos interessam, dentro desse contexto capitalista, compartilhar esse bem. Segundo João Brant, a defesa da liberdade do conhecimento, representa a afirmação de uma nova cultura que resgata os valores da colaboração e do compartilhamento. O uso do software livre, e o trabalho dos hachkers, que possibilitou o desenvolvimento da internet, são processos que podemos enxergar nesse sentido. É a circulação e compartilhamento do conhecimento através da colaboração e construção de saberes. ´Nós educadores precisamos viver esse cenário, compreender e escolhermos qual o tipo de educação que queremos proporcionar aos nossos educando, se uma educação que aprisiona o conhecimento e não interaje com as coisas que estão a sua volta ou uma educação que possibilita a liberdade do conhecimento, ressignificando-o a cada momento.
Amor - Clarice Lispector
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR!Clarice Lispector
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR!Clarice Lispector
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Nos ensinaram errado!!!
Estamos sempre discutindo neste espaço a importância das novas tecnologias como espaço de construção dos saberes e a socialização desse saberes. Por muito tempo, devo reconhecer, a palavra hacker tinha um significado negativo para mim. Assim como muitos, acreditava que a palavra "hacker" designava pessoas que invadiam computadores para roubar informações, senhas e desviar dinheiro. É esse conceito que ronda o imaginário popular. Mas segundo o professor Nelson Pretto, em seu artigo um jeito de ser hacker, A palavra hacker surge no meio dos programadores de computador para designar aqueles que se dedicam com entusiasmo ao que fazem nesse campo. foi o entusiasmo dessa turma que possibilitou a criação e a presença da internet em todo planeta. Isso demonstra que diferentemente dos crackers, que é a palavra correta para denominar as pessoas que fazem um mal uso do seu conhecimento da rede, os hacker através da sua curiosidade inova e movimenta os saberes dentro da rede, possibilitando o compartilhamento do conhecimento.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Para onde vai tudo isso?
Uma boa reflexão, dentro dessa revolução tecnológica, é perguntar qual o destino do chamado resíduos eletrônicos produzidos dentro desse contexto digital. Englobamos aqui, dos eletrodomésticos de grande porte, como as geladeiras, máquinas de lavar e aparelhos de ar-condicionado, às peças pequenas e portáteis como celulares, lâmpadas fluorescentes e tocadores de CD ou MP3. Antes feitos para durar, os eletrônicos de consumo hoje são projetados para serem substituídos quando quebrados - e então jogados fora.
Nas duas últimas décadas estivemos assistindo a uma revolução digital. O símbolo dessa era é o avanço do microchip, que se torna cada vez menor, mais rápido e mais barato.Vimos os equipamentos evoluírem exponencialmente e o setor de eletrônicos pessoais explodir. E, enquanto a mídia tem dedicado cobertura extensiva a essa onda de inovação tecnológica, pouca atenção tem sido dada àquilo que ela deixa como rastro. Precisamos estar atentos para um consumo consciente desse equipamentos e não um consumo desenfreado como estamos assistindo. As empresas deveriam se responsabilizar não só pela fabricação, mais também ter responsabilidade com seus produtos até o fim da sua vida útil. Na Suiça dois sistemas de retorno ao fabricante são financiados por uma taxa prévia de reciclagem,um para aparelhos elétricos (de secadores de cabelo a geladeiras) e outro para eletrônicos (computadores, celulares e afins). Os fabricantes e importadores são responsáveis por seus produtos até o fim de sua vida útil e devem garantir um processo de reciclagem limpo e eficiente. Somente 3% do e-lixo vai para aterros, que são sujeitos a controles rígidos. Para haver uma diminuição do impacto no meio ambiente pelo e-lixo é necessário que as indústrias tomem consciência do seu papel e utilize materiais menos nocivos ao meio ambiente e que os consumidores reflitam sobre o consumo desenfreado desses aparelhos.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
INCLUSÃO DIGITAL DEMOCRATIZAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS
A inclusão digital é um dos pilares básicos para a socialização do conhecimento dentro da esfera das novas tecnologias. Essa prática possibilita que sujeitos que não tem e não tiveram acesso aos recursos de comunicação possam, através desse projeto, visualizar novas perspectivas. A Inclusão digital é um projeto o qual o governo, organizações, empresas e terceiros disponibilizam recursos para que as pessoas venham obter os conhecimentos necessários para utilizar, com um mínimo de proficiência, os recursos de tecnologia de informação e de comunicação existentes. Observamos que a estrutura e o funcionamto da nossa sociedade vem se alterando de forma significativa pelas tecnologias de comunicação e informação. É necessário criar ou possibilitar um contexto de acesso a essas novas tecnologias para as pessoas que de algum modo, pela estrutura social da nosso sociedade, ficaram à margens desses benefícios. Dessa forma, a inclusão digital se faz presente para, de forma estratégica, democratizar o acesso as redes de informação e novas tecnologias permitindo o compartilhamento do conhecimento.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Rádio web a socialização da informação
A educação tradicional nos ensinou a sermos passivos e a semos somente sujeitos que "consomem" a informação. Nos acostumamos a ir para a escola, faculdade ou seminário somente para ouvir e depois guardar o conhecimento sem ter, dessa forma, uma dinamicidade da construção do mesmo. As novas tecnologias estãos se fazendo presente e nos convidando a interagir com elas. Não faz mais sentido uma particularização do conhecimento. Devemos ter em mente a necessidade de socialização das idéias. Essa é umas das proposta das rádios Web, não precisamos mais de grandes recursos para montar uma rádio. Podemos observar essa efervescência nos corredores das Universidades, nesses locais podemos ouvir rádios que são produzidas pelos próprios estudantes com o objetivo de discutir determinados temas, pesquisas e ouvir boas músicas. Nesse contexto as rádios web também se destacam, pois possibilitam uma nova alternativa de socialização do conhecimento, esses novos meios não se restringem apenas as academias, alguns projetos já estão sendo desenvolvidos em escolas públicas do estado da Bahia. Através desses recursos é que tomamos consciência de como é importante para o educador está munido desses novos saberes, pois são instrumentos que irão facilitar aprendizagem, além de socializar o conhecimento e propiciar uma prática pedagógica mais prazerosa.Faça uma experiência clik aqui e ouça a rádio da Faced.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Software livre a serviço da liberdade
Nesse novo contexto das novas tecnologias, é de extrema importância que nós como sujeitos, tenhamos acessos a conceitos e ferramentas que nos possibilite um melhor uso dos instrumentos disponibilizados por essas novas tecnologias. O conceito de software livre, para muitos, é algo novo, o conhecimento de um sistema operacional que possibilita a liberdade de poder modificar e adaptá-lo as suas necessidades é algo não divulgado.O software livre incentiva o compartilhamento de informações, é a idéia do fazermos juntos.As vantagens do software livre: liberdade de executar o programa para qualquer fim da forma que se desejar, ajudar a criar sua comunidade publicando versões aperfeiçoadas de forma a permitir que outros se beneficiem do seu trabalho entre outras possibilidades. O software livre é gratuito, ou seja não precisa pagar licença e nem piratear. Visite para conhecer melhor software livre
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
poesia é para se deleitar e se deliciar!!!!
Aviso da Lua que menstrua
Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas:
cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço
às vezes parece erva, parece hera
cuidado com essa gente que gera
essa gente que se metamorfoseia
metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidades
e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar
mas é outro lugar, aí é que está:
cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente
que vai cair no mesmo planeta panela.
Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro,
transforma fato em elemento
a tudo refoga, ferve, frita
ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou
é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga
é que tô falando na "vera"
conheço cada uma, além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela
delicada força quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado
ou sem os devidos cortejos..
Às vezes pela ponte de um beijo
já se alcança a "cidade secreta"
a Atlântida perdida.
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas
cai na condição de ser displicente
diante da própria serpente
Ela é uma cobra de avental
Não despreze a meditação doméstica
É da poeira do cotidiano
que a mulher extrai filosofando
cozinhando, costurando e você chega com a mão no bolso
julgando a arte do almoço: Eca!...
Você que não sabe onde está sua cueca?
Ah, meu cão desejado
tão preocupado em rosnar, ladrar e latir
então esquece de morder devagar
esquece de saber curtir, dividir.
E aí quando quer agredir
chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca?
O que você tem eu vou dizer e não se queixe:
VACA é sua mãe. De leite.
Vaca e galinha...
ora, não ofende. Enaltece, elogia:
comparando rainha com rainha
óvulo, ovo e leite
pensando que está agredindo
que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo!
( Elisa Lucinda)
Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas:
cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço
às vezes parece erva, parece hera
cuidado com essa gente que gera
essa gente que se metamorfoseia
metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidades
e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar
mas é outro lugar, aí é que está:
cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente
que vai cair no mesmo planeta panela.
Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro,
transforma fato em elemento
a tudo refoga, ferve, frita
ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou
é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga
é que tô falando na "vera"
conheço cada uma, além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela
delicada força quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado
ou sem os devidos cortejos..
Às vezes pela ponte de um beijo
já se alcança a "cidade secreta"
a Atlântida perdida.
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas
cai na condição de ser displicente
diante da própria serpente
Ela é uma cobra de avental
Não despreze a meditação doméstica
É da poeira do cotidiano
que a mulher extrai filosofando
cozinhando, costurando e você chega com a mão no bolso
julgando a arte do almoço: Eca!...
Você que não sabe onde está sua cueca?
Ah, meu cão desejado
tão preocupado em rosnar, ladrar e latir
então esquece de morder devagar
esquece de saber curtir, dividir.
E aí quando quer agredir
chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca?
O que você tem eu vou dizer e não se queixe:
VACA é sua mãe. De leite.
Vaca e galinha...
ora, não ofende. Enaltece, elogia:
comparando rainha com rainha
óvulo, ovo e leite
pensando que está agredindo
que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo!
( Elisa Lucinda)
Cibercultura a nova relação com o saber
Segundo Pierre Levy, "devemos construir novos modelos do espaço do conhecimento. No lugar de representações em escalas lineares e paralelas, em pirâmides estruturadas em "níveis organizadas pela noção de pré-requisito e convergindo para "saberes superiores" a partir de agora devemos preferir a imagem de espaços de conhecimentos emergentes, abertos, contínuos, em fluxos, não lineares se organizando de acordo com objetivos ou contextos, nos quais cada um ocupa uma posição singular e objetiva." A afirmação do teórico nos convida a pensarmos e a desconstruirmos certas noções arraigadas na nossa mentalidade; a do conhecimento como algo estático, imutável e soberano. Nesse novo contexto, ainda segundo Levy, o professor deixa de ser um mero transmissor de conhecimento e é incentivado a torna-se um animador da inteligência coletiva do seu grupo. Os saberes não estão somente dentro da academia ou expostos em livros nas prateleiras da biblioteca, os saberes se encontram também acessíveis em base de dados on-line, ali em frente a tela do computador se construindo e se renovando a cada dia. São alimentados em tempo real pelos fenômenos decorrentes no mundo. Se antes tinhamos verdades inquestionáveis, agora temos a potência da mutação e da bifurcação. Como diz Levy, " o saber, destotalizado, flutua".
Multiculturalismo em um mundo globalizado
A globalização tem permitido o conhecimento e o acesso as diversas culturas que até então eram desconhecidas. O conhecimento de culturas locais nos possibilita, creio eu, o respeito e a valorização de várias manifestações culturais e sociais. Por muito tempo, aprendemos a valorizar só um tipo de cultura, a nossa. Se mantinhamos contato com algo que era distitinto, procuravamos de imediato usar o peso da comparação e dessa forma faziamos a eleição da nossa cultura como superior. Hoje, através de um mundo globalizado (o qual temos acesso através dos aparelhos de novas tecnologias, de redes informacionais e das novas concepções de saberes) sabemos que existem sim culturas diferentes, mas cada qual possui o seu valor e sua singularidade. Como educadores é de suma importância, trabalharmos em sala de aula com esses novos conceitos e tecnologias, para que possamos ´possibilitar a nós e aos nossos educandos o conhecimento e o respeito pela diversidade existente ao nosso redor.
domingo, 5 de setembro de 2010
Pós-modernidade
As mudanças que vem ocorrendo na nossa sociedade nos causam profundo temor, digo temor, pois não estamos preparados para lidar com o inesperado, com as novas transformações e rupturas de pardigmas. Fomos preparados para viver em um universo o qual nos apresentam a história ou estória de forma contínua sem nenhuma ruptura. A história que nos foi contada sempre representou a história "absoluta". Na nossa educação nos ensinaram apenas a "verdade", fomos instruídos a não refletir, pois essa tarefa já haviam feito por nós. Ainda bem que esses tempos mudaram, penso eu, a conjectura atual possibilita que façamos uma reflexão mais crítica sobre a nossa sociedade. Estamos aprendendo que não existe mais uma única história e sim histórias, as quais por muito tempo foram colocadas a margem da construção do conhecimento. O ser humano que sempre encontrou verdades prontas, se defronta agora com um mundo no qual as informações e conhecimentos estão abertos e se estão abertos estão passíveis de serem questionados e repensados. Assim como estamos valorizando e descobrindo culturas diversas e históirias diversas, descobrimos ou reconhecemos a natureza da identidade múltipla existente no ser humano. Hoje posso dizer que não vivo mais uma crise de identidade pois sei que comporto dentro de mim uma multiplicidade de construções. Ora sou mulher, ora sou negra, ora sou mulher e negra, ora sou professora, ora sou filha, ora sou amiga... É para esses tipos de questões que como educadores precisamos nos atentar. A educação é um forte instrumento para as construções culturais e sociais da nossa sociedade, podemos ajudar na formação de cidadãos críticos e reflexivos, como também podemos ajudar a formar sujeitos inertes. A nosso favor, se soubermos usar, temos as novas tecnologias como aliados, instrumentos que permitem a circulação e o acesso a novos conceitos que nos ajudam a desconstruir e reconstruir pardigmas.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
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