domingo, 5 de setembro de 2010

Pós-modernidade

As mudanças que vem ocorrendo na nossa sociedade nos causam profundo temor, digo temor, pois não estamos preparados para lidar com o inesperado, com as novas transformações e rupturas de pardigmas. Fomos preparados para viver em um universo o qual nos apresentam a história ou estória de forma contínua sem nenhuma ruptura. A história que nos foi contada sempre representou a história "absoluta". Na nossa educação nos ensinaram apenas a "verdade", fomos instruídos a não refletir, pois essa tarefa já haviam feito por nós. Ainda bem que esses tempos mudaram, penso eu, a conjectura atual possibilita que façamos uma reflexão mais crítica sobre a nossa sociedade. Estamos aprendendo que não existe mais uma única história e sim histórias, as quais por muito tempo foram colocadas a margem da construção do conhecimento. O ser humano que sempre encontrou verdades prontas, se defronta agora com um mundo no qual as informações e conhecimentos estão abertos e se estão abertos estão passíveis de serem questionados e repensados. Assim como estamos valorizando e descobrindo culturas diversas e históirias diversas, descobrimos ou reconhecemos a natureza da identidade múltipla existente no ser humano. Hoje posso dizer que não vivo mais uma crise de identidade pois sei que comporto dentro de mim uma multiplicidade de construções. Ora sou mulher, ora sou negra, ora sou mulher e negra, ora sou professora, ora sou filha, ora sou amiga... É para esses tipos de questões que como educadores precisamos nos atentar. A educação é um forte instrumento para as construções culturais e sociais da nossa sociedade, podemos ajudar na formação de cidadãos críticos e reflexivos, como também podemos ajudar a formar sujeitos inertes. A nosso favor, se soubermos usar, temos as novas tecnologias como aliados, instrumentos que permitem a circulação e o acesso a novos conceitos que nos ajudam a desconstruir e reconstruir pardigmas.

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